Cores de memória. O mural "Argentina: dolor y esperanza" e sua função social em relação ao passado ditatorial
Palavras-chave:
memória, arte mural, identidade, ditadura, representaçãoResumo
Este trabalho investiga as representações e intervenções artísticas e sociais que ocorreram no espaço público da Província de Chaco, em relação ao passado da última ditadura na Argentina (1976-1983). Consideramos especificamente o mural “Argentina: dor e esperança”, pintado em 1986 no Salão de Assembléias da Universidade Nacional do Nordeste (cidade da Resistência) pela artista plástica Amanda Mayor de Piérola (mãe de um dos desaparecidos no país). chamado "Massacre de Margarita Belén"). Buscamos analisar as características gráficas e contextuais desse mural referente ao último passado ditatorial do Chaco, compreender as formas pelas quais os grupos geram consciência de identidade através da arte mural e, finalmente, estabelecer a contribuição do mural na construção de uma memória coletiva sobre o passado ditatorial.
Mantemos que os murais são uma maneira eficaz de expressar memórias coletivas: são "veículos da memória" que comunicam e transmitem uma experiência significativa de grupos de "empreendedores da memória". Por esse motivo, a pintura mural cumpre uma função transformadora do espaço, ao mesmo tempo em que gera espaços de troca que promovem a memória e a identidade coletivas.