Uma coexistência desconfortável: o "tradicional" e o "contemporâneo" na arte atual em Tucumán

Resumo

O campo contemporâneo de produção artística em San Miguel de Tucumán apresenta um conflito nos seus modelos produtivos entre uma arte mais “tradicional” em sintonia com a experiência regional e americana, e uma arte “contemporânea” mais perto das tendências globais. Nesse cenário, desde a década dos ’90, pode-se observar um acrescentamento na produção da arte contemporânea caracterizada pela ausência de cânones estilísticos e a pluralidade das suas linguagens, acompanhado pela alteração nos critérios de percepção e valorização tradicionais. Mudados os códigos de produção e recepção, as
produções contemporâneas tem provocado rejeição tanto em artistas associados com o modelo produtivo mais tradicional como no publico em geral, deste novo modelo artístico.
Esta coexistência não pacifica entre dois modos de produzir e entender a arte gerou discursos contrapostos e brigas simbólicas pelo monopólio da legitimidade artística. Este trabalho propõe reconstruir a gênese e as consequências dessas tensões e seu impacto na dimensão produtiva. Para isso focalizaremos a análise num caso especifico: a controvérsia gerada por Alberto Petrina, Diretor Nacional de Patrimônio e Museus, na ocasião do lançamento da mostra “Maestros del grabado argentino” no museu provincial Timoteo Navarro.