O poder do falso: símbolo de expressão do cinema de Alain Robbe-Grillet
Palavras-chave:
cinema, Deleuze, imagem-tempo, poder do falso, repetiçãoResumo
O cinema de Alain Robbe-Grillet produziu na década de 1960, uma ruptura com o cinema clássico. Ele pertence ao tempo do aparecimento da "Nouvelle Vague" cujos representantes mais notáveis: François Truffaut, Jean-Luc Godard, Jacques Rivette, Eric Rohmer, Claude Chabrol, estavam ligados à revista "Cahiers du Cinéma". Em vez disso, Robbe-Grillet, Chris Marker, Marguerite Duras, Agnés Varda, Alain Resnais, estavam perto da revista "Positif", cujos referentes foram a vanguarda literária. Nós nos concentramos nossa análise sobre o filme emblemático de Robbe-Grillet "L'homme qui ment" (1968). Para esta análise empregamos o conceito de "tempo-imagem" de Deleuze (2009). Isso nos leva a ter uma visão ontológica das imagens e, por sua vez, permite-nos a refletir sobre como filme tem uma estreita ligação com a filosofia. Esta afirmação surge a partir dessa ficção aborda outro problema, tão cara à filosofia, a dicotomia mentira-verdade. Em Nietzsche (1869-1899) esses conceitos desempenham um papel central. Ele produz uma ruptura com as filosofias racionalistas. Acredita que vivemos num mundo onde a verdade é apenas uma ficção, uma construção do sujeito. A potência do falso não está relacionada com uma concepção vulgar das mentiras, porém com uma força que faz sobre a vida. Precisamos dessas ficções para afirmar a vida, já que não há verdades irrefutáveis.Downloads
Publicado
2017-06-24
Como Citar
Fonato, O. I. S. (2017). O poder do falso: símbolo de expressão do cinema de Alain Robbe-Grillet. AURA. Revista De Historia Y Teoría Del Arte, (5), 48–70. Recuperado de https://www.ojs.arte.unicen.edu.ar/index.php/aura/article/view/396
Edição
Seção
Artigos