Rumo à formação de uma genealogia transformista na cidade de Buenos Aires
Espaços, artistas, práticas
DOI:
https://doi.org/10.56991/a.19.1440Palavras-chave:
transformismo, drag, Gênero, performance, queerResumo
Antes da criação dos espaços noturnos festivos onde se desenvolveram as práticas transformistas na cidade de Buenos Aires a partir da década de 2010, havia um número significativo de artistas, práticas, ambientes e artefatos que continham manifestações semelhantes. Por terem variado ao longo das décadas, os transformismos que surgiram nos espaços contemporâneos apresentam diferenças em relação aos que ocorreram anteriormente, mas compartilham características comuns. A intenção deste artigo é reunir manifestações que ocorreram anteriormente em diferentes esferas para contextualizar as práticas contemporâneas. Para realizar a conformação de uma genealogia das manifestações transformistas, o ponto de partida foi o levantamento e a análise de materiais de arquivo em diferentes meios de preservação: arquivos pessoais de artistas, materiais disponibilizados em exposições de arte, elementos disponíveis em páginas da internet que guardam a memória das práticas e anotações e materiais que guardei ao longo dos anos. Proponho que, entre 1900 e 2023, na cidade de Buenos Aires, as práticas transformistas puderam aparecer em diferentes esferas, artefatos e disciplinas artísticas e se sustentar ao longo do tempo. Isso as coloca como manifestações legitimadas por sua própria trajetória e as mostra como parte central não apenas da comunidade de dissidentes de sexo-gênero, mas também do campo artístico local, ao mesmo tempo em que as vincula à celebração, ao artifício e à questão da identidade.
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