O cinema contemporâneo no NOA: entre a ficção social e o documentário
Palavras-chave:
cinema, Noroeste argentino, conflito socialResumo
Este trabalho considera os filmes argentinos produzidos na área do NOA que propõem ou tematizam os conflitos sociais ligados aos primeiros anos do século XXI. Entendemos que esses filmes se apropriarem de conflitos sociais e fazem uma representação das mesmas para além de certos clichês que assumem que os grupos sociais são divididos de acordo com a abordagem dicotômica que associa aos pobres com os bárbaros e aos ricos com os civilizados. As representações dos conflitos sociais dos filmes analisados questionam esses clichês e propõem uma perspectiva diferente sobre os confrontos sociais. A este respeito, La mirada de Huguito (Pablo Argañarás, 2005), Stromata (Pablo Argañarás, 2015), El motoarrebatador (Agustín Toscano, 2018), Los dueños (Agustín Toscano e Exequiel Radusky, 2012) e o documentário Zoco del Buri Buri (Lorena Jozami, 2017) olham conflitos sociais desde uma perspectiva que rompe com as ideias de civilizado e bárbaro tradicional e, ao mesmo tempo, pode-se perceber certas peculiaridades sociais da área. Neste contexto, vamos considerar a proposta do pensador filosófico Tzvetan Todorov sobre a civilização e a barbárie dicotomia em consideração o seu pensamento sobre as sociedades contemporâneas expostas em El miedo a los bárbaros (2014). Seguindo a teoria de Todorov, propomos analisar as representações de conflitos sociais em cinco obras audiovisuais contemporâneas. Consideramos que essas peças dão conta da diversidade estética do atual cinema do NOA.